segunda-feira, 3 de maio de 2010

Brasília, 50 anos!


Como é viver em Brasília?

A primeira vez quem vim a Brasília foi aos quatro anos de idade. As fotos não escondem o deslumbramento. Era Páscoa! Vim de ônibus com minha mãe. Lembro da parada para vacina e das minhas travessuras no longo percurso de três dias e duas noites mal dormidas, que separavam Teresina da capital federal.

Brasília já tinha aquele ônibus “minhocão”, que eu achava fantástico, mas minha tia morava num verdadeiro barraco no Gama, em condições um tanto deploráveis. E havia também muito barro amarelo.

Voltei uns 10 anos depois para prestar vestibular, através do Programa de Avaliação Seriada, da UnB. O olhar para a capital brasileira foi diferenciado. Intelectualizada, agora eu tinha consciência que estava no coração do Brasil. Conheci os grandes hotéis, shoppings, principais pontos turísticos. Um turismo diferente, digamos que político-administrativo.

Doze anos depois, escolho Brasília para morar e estudar. Nas poucas vezes que vim a trabalho, percebi a formalidade da cidade, homens de ternos em todo lugar, a linearidade da cidade entrecortada por projetos arquitetônicos de Primeiro Mundo.

Aqui chegando, fui morar numa das cidades-satélites e experimentei a rotina daqueles que fazem de fato Brasília. Lá não jaz a mesma beleza e tranqüilidade do Plano Piloto. Pelo contrário. Saímos de casa no mínimo duas horas antes, ônibus lotado, trânsito congestionado.

Aqui pude saber que um pedaço de terra pode custar muito caro, que telhas podem ser modormia, que salões de beleza e cultura também valem muito dinheiro. Brasília é uma cidade construída sobre rodas e, para circular bem, nada melhor que possuir o próprio carro.

Mas, Brasília é uma terra de oportunidades. Há empregos e paga-se bem. Há uma imensa mistura cultural em pleno cerrado. Há muita saudade! A natureza parece mais viva aqui, o clima é agradável, embora seco. As famílias vão aos parques nos finais de semana ou a chácaras, o Eixão é fechado para caminhadas e passeios de bicicletas aos domingos.

Aqui, respira-se cultura, política, manifestações populares. Sinto a brasilidade nas bandeiras hasteadas, nas pessoas dos mais diferentes lugares desse País. Brasília é, para mim, uma terra de poder e do povo!



*Esse texto foi originalmente escrito para o caderno Metrópole, do Jornal O Dia, a pedido dos amigos Vilarinho e Elizângela. Por falhas na comunicação humana, não foi publicado.

1 ano de BSB - 04/03/2010

Quando completei um ano de BSB, disponibilizei esse texto no orkut:

Um ano de Brasília. Um ano de aprendizagens para toda uma vida. Reconstrução. Saudades. Amores. Distância... distância que fortalece os verdadeiros sentimentos, as verdadeiras relações... um ano em que tive que ficar cara a cara com a Sâmia e, sozinha, cuidar dela, aprender com ela. Um ano de amizade íntima com Deus. De olhar perdido no cerrado em busca de sonhos, desejos, realizações... novos caminhos, portas abertas, algumas janelas fechadas.
Um ano de novos encontros, alguns desencontros, risos e lágrimas. Um ano de intensa solidão e de profundo encontro comigo mesma.
Silenciada, encontro a paz interior. Aquela que suaviza como o canto dos pássaros, um abraço apertado ou cafuné gostoso em dia de forte cansaço... um ano de devolução a mim mesma.. como presente, Deus colocou muitas pessoas no meu caminho que simplesmente me devolveram para mim. E isso é mágico. Pq geralmente roubam-nos de nós. Cuidado!
Aprendi que não devo aceitar menos do que quero ou que mereço. Aprendi que aquela voz interior é Deus falando comigo e provando que não é egoísmo algum a gente se priorizar. Que amor de verdade nunca se vende ou se compra, nem acaba. Que alguns momentos vão ficar para a eternidade. E que sem sombra de dúvidas o tempo certo é o agora!
Tive ainda mais certeza que tudo é questão de escolha. Que somos todos livres e iguais: temos qualidades e defeitos.
Tem dia que tudo que a gente mais precisa é de um doce sorriso. Que carinho nunca é demais. Nem doçura em excesso faz mal à saúde. Pelo contrário.
Aprendi que a gente merece sempre o melhor! Que o maior amor deve ser o amor-próprio. Que é preciso ter serenidade, paciência, sabedoria e força. Que devemos compreender mais, não exigir demais e nem esperar demais das outras pessoas.
Aprendi que muita gente mesmo está carente de amor. Às vezes preciso ficar só e em silêncio. Tem sempre alguém precisando de mim.
O medo e a dúvida são alarmes internos. Felicidade não tem preço. E amigos são os maiores tesouros que podemos ter.
Família é uma herança divina. É alicerce, é motivo, é a força que me ajuda a seguir!
Paz é onde mora a felicidade. E, hoje, posso dizer que ela está bem aqui!!! Obrigada, Deus amado!
Aprendi que tudo é questão de sorte e oportunidade! Que devemos agradecer sempre. Que orações diárias são exercício para a alma. Que alegria tem poder de atração. Em absolutamente tudo Deus é perfeito. Comer todos os dias é uma verdadeira benção.

E nada melhor que água quentinha pra banhar, telefone e internet pra se comunicar (de preferência Tim Infinity Pré.. heheh), livros para ler, filmes pra ver, música para ouvir, sapato confortável para caminhar, cobertor pra se proteger e um travesseiro com tecnologia da Nasa (heheh) para descansar. O resto, não se preocupe, é providência divina! Acredite!!!!

E a lição do rei: Tudo passa!!!!